segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Sacolinha deixa de ser gratuita
Cerca de 90% dos supermercados devem aderir a partir de quarta-feira ao fim dos tradicionais sacos plásticos
As sacolinhas são utilizadas há cerca de 50 anos pelo brasileiro. Mas a partir de quarta-feira, quem quiser usar sacolas plásticas terá de pagar por isso.
Acordo entre o governo do Estado e a Apas (Associação Paulista dos Supermercados) retira das principais redes varejistas a distribuição gratuita das sacolinhas. Elas custarão em média R$ 0,19 cada e serão biodegradáveis, como já acontece em Jundiaí, no interior.
De acordo com a Apas, 80% dos mercados devem aderir ao acordo. “Acreditamos que apenas alguns comércios menores ainda não tiveram conhecimento da campanha. Mas com o tempo, todos devem aderir”, disse o diretor de sustentabilidade da associação, João Sanzovo.
A Apas possui 1.200 associados, sendo mil deles de pequeno e médio porte. Sanzovo afirma que o preço das mercadorias deve diminuir, já que o valor gasto com as sacolinhas estava embutida no preço final das mercadorias.
O assessor de presidência da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), Nelson Tadeu, acredita que o comércio de bairro também participará. “Com a participação dos grandes, os mercados menores também participarão.”
Por quê?
A justificativa para que as sacolas sumam das compras dos paulistas é o dano ambiental (leia mais ao lado). De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o Brasil consome 12 bilhões de sacolas derivadas de petróleo, sendo que pelo menos 20% acabam descartados.
Para a Plastivida (Instituto Socio Ambiental dos Plásticos), a medida está equivocada. “Acreditamos que a solução seja a educação para consumo consciente. As sacolinhas são um direito do cidadão. Nós pagamos por ela. Seu custo está embutido na composição do preço dos produtos”, disse o presidente do instituto, Miguel Bahiense.
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